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Cap. 310

William avisa Emma que conseguiu uma carroça para que ela possa voltar a New Heaven. Alonzo, o barbeiro, se voluntariou para conduzir a viúva.

O único inconveniente é que ele sairá antes do nascer do sol.

— Não tem problema. – tranquiliza Emma. — Estarei acordada e pronta, fique tranquilo.

William agradece a compreensão e se oferece apara auxiliar no que for necessário: — Pode me acordar, seja a hora que for.

Emma agradece e vai se recolher enquanto o médico se dirige até o leito de Joachim, que permanece desacordado com Sarah irremovível ao seu lado.

O doutor se aproxima e pergunta carinhosamente: — Não quer descansar um pouco?

Sarah apenas meneia a cabeça negativamente.

William negocia: — Pelo menos vá comer alguma coisa para aguentar passar a noite aqui. Eu me comprometo e ficar com ele até o seu retorno.

A moça reluta, mas reconhece que já está sem forças. Uma fatia de pão com café seria de grande ajuda.

Porém, olhando o corpo do cunhado inerte, a fachada de mulher forte desaba e Sarah soluça em meio a um choro sentido:

— Ele vai ficar bem? Está dormindo desde que cheguei.

William tenta tranquilizar a moça: — Minha querida, cada um tem seu tempo de recuperação. É melhor estar dormindo do que sofrendo com dores.

A moça chora mais alto com a cabeça encostada no ombro do médico que procura escolher melhor as palavras dessa vez:

— Senhorita Sarah, trabalhar na cura de pessoas requer paciência, perseverança, conhecimento e, principalmente, fé. Muitas vezes, o próprio doente desiste, mas nós, que trabalhamos com a saúde, nunca podemos nos dar ao direito de desistir ou de deixar de acreditar na cura.

— Eu vi seu cunhado sangrando após cair do andar superior do Elle.

Sarah até engasga, ela não sabia dessa queda, já estava amarrada e sequestrada quando aconteceu.

Percebendo mais um equívoco de sua parte, o médico conclui:

— Seu cunhado está melhor e acredito que continuará melhorando. Nós não deixaremos que ele pare de melhorar, certo?

A moça limpa os olhos e meneia a cabeça positivamente: — Certo.

— Então, por favor, vá comer. – implora o doutor, sendo atendido por sua assistente.
 

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